Desde a última sexta-feira, 8, quando o ex-presidente Lula foi solto após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar inconstitucional a prisão em segunda instância, o mercado deu sinais de reação.
Na ocasião, o Ibovespa fechou em queda e o dólar apresentou alta. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 1,78%, para 107.628 pontos. O volume financeiro foi de R$ 20,2 bilhões. A baixa se acentou por volta das 16h30, quando o juiz Danilo Pereira Júnior aceitou o pedido da defesa de Lula para libertar o petista.
O dólar comercial fechou em alta de 1,83%, para R$ 4,1677 na compra e R$ 4,1684 na venda. O dólar futuro com vencimento em dezembro teve alta de 1,58%, para R$ 4,168.
A decisão sobre a soltura de Lula também influenciou o mercado de juros futuros. O contrato de DI para janeiro de 2021 fechou estável a 4,55% e o DI para janeiro de 2023 teve ganho de 0,71 ponto-base a 5,68%.
De acordo com o site Infomoney, o principal reflexo da decisão do STF é a insegurança jurídica, principalmente para o investidor estrangeiro. “Ele [o estrangeiro] não entende como uma pessoa condenada em duas instâncias pode ser solta. Se até agora o estrangeiro não tinha entrado na Bolsa, mesmo com a reforma da Previdência, isso pode retardar ainda mais essa volta”, disse Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante.
[Por: R. Amaral | Fonte: ATarde | 11/11/2019]