Nike processa coletivo por lançar 'tênis de Satanás' contendo sangue humano; Todos foram vendidos em menos de um minuto - Rádio Liberdade FM Online

Nike processa coletivo por lançar ‘tênis de Satanás’ contendo sangue humano; Todos foram vendidos em menos de um minuto

A Nike processou o coletivo de arte MSCHF, situado no Brooklyn, em Nova York, por causa de um polêmico par de “tênis de satanás” que contém uma gota de sangue humano real nas solas. Foram lançados 666 pares do calçado, nesta segunda (29), em colaboração com o rapper Lil Nas X. E, de acordo com os criadores, todos foram vendidos em menos de um minuto.

Os tênis de US$ 1.018 (R$ 5,8 mil) trazem uma cruz invertida, um pentagrama e as palavras “Lucas 10:18”, e foram feitos usando o Nike Air Max 97s modificado. Por isso, a fabricante alega violação de marca registrada no processo.

O lançamento dos tênis foi programado conjuntamente com o da última música de Lil Nas X, “Montero (Call Me By Your Name)”, que estreou no YouTube na semana passada. No videoclipe, o rapper é visto escorregando por um poste de stripper do céu ao inferno, calçando um par dos macabros pisantes. Tanto a cena como os calçados fazem referência ao versículo bíblico Lucas 10:18: “Então ele lhes disse: ‘Vi Satanás cair do céu como um raio'”.

Além de tudo, cada tênis possui uma sola acolchoada com bolhas de ar da Nike, contendo 60 centímetros cúbicos de tinta vermelha e uma única gota de sangue humano, doada por membros do coletivo de arte. Já a empresa solicitou aos tribunais que impeça a MSCHF de vender os sapatos e de usar o famoso design de sua marca.

“MSCHF e seus sapatos de Satanás não autorizados provavelmente causarão confusão e criarão uma associação errônea entre os produtos MSCHF e a Nike”, diz o processo. E conclui: “Na verdade, já há evidências de confusão significativas ocorrendo no mercado, incluindo ligações para boicotar a Nike em resposta ao lançamento dos sapatos de Satanás da MSCHF, com base na crença equivocada de que a Nike autorizou ou aprovou este produto”.

Por: R. Amaral | Fonte: Metro1 | 01/04/2021