Membros da comitiva que viajou com Bolsonaro para os EUA fazem teste do novo coronavírus - Rádio Liberdade FM Online

Membros da comitiva que viajou com Bolsonaro para os EUA fazem teste do novo coronavírus

Fabio Wajngarten (na direita) em foto com Donald Trump na visita que Bolsonaro e sua comitiva fizeram à Flórida no último fim de semana — Foto: Redes Sociais

O presidente Jair Bolsonaro e família, políticos e membros do governo que viajaram para os Estados Unidos na semana passada fizeram exames nesta quinta-feira (12) para identificar se contraíram o novo coronavírus.

A testagem de toda a comitiva foi decidida porque o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, contraiu o virus e está em isolamento domiciliar. Ele fez o exame em São Paulo, e o resultado da contraprova, que confirmou a infecção, foi divulgado nesta quinta.

O presidente Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fizeram o teste no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

“Neste momento me encaminho para fazer o teste, porém sem sintomas da doença”, escreveu em uma rede social Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. O deputado também disse na mesma rede social que o pai aguarda o resultado do exame, mas não tem sintomas da doença.

No início da tarde, ministros fizeram o teste no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, ou nas próprias residências.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, confirmou à TV Globo que passou pelo exame, e que os resultados devem sair nesta sexta (13).

Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), fez o teste no Palácio do Planalto. Segundo a assessoria, uma equipe do HFA esteve no palácio para coletar a amostra.

O Ministério das Relações Exteriores informou em rede social que o ministro Ernesto Araújo cancelou o restante da sua agenda em Washington e retornará nesta quinta-feira a Brasília, “onde fará teste para o vírus e seguirá todos os procedimentos sanitários”.

Araújo não retornou ao Brasil com a comitiva. Permaneceu nos EUA para uma série de reuniões. O Itamaraty não informou se esses compromissos serão remarcados.

Em nota, o governo do Paraná informou que o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que também viajou com a comitiva presidencial, decidiu realizar espontaneamente testes preventivos”.

“A mesma medida foi adotada pelo diretor-presidente da Invest Paraná (Agência Paraná de Desenvolvimento), Eduardo Bekin, que também esteve na viagem aos Estados Unidos”, diz o comunicado. Nenhum dos dois apresentou sintomas.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), outro integrante da comitiva, voltou ao Brasil na terça (10) e fez os exames na manhã desta quinta. Segundo a assessoria, ele “vem cumprindo todos os protocolos do Ministério da Saúde” e não apresentou sintomas do Covid-19.

Fabio Wajngarten participou da comitiva e de reuniões reservadas com os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. Imagens feitas durante a viagem mostram que o secretário chegou a apertar a mão dos dois chefes de Estado. Questionado sobre o caso nesta quinta, Trump disse “não estar preocupado”.

Na véspera da viagem presidencial, o Palácio do Planalto divulgou uma lista com 22 membros da comitiva. Alguns não viajaram na mesma aeronave de Jair Bolsonaro, mas participaram de reuniões oficiais com o presidente e Wajngarten.

Além das autoridades, o Planalto informou que “demais integrantes técnicos” – tripulação, assessores e subsecretários dos ministérios, por exemplo – também participaram da viagem. O governo não informou se eles serão submetidos aos exames.

Maia em casa até domingo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu permanecer na residência oficial até o próximo domingo (15). No último dia 2, ele retornou de uma viagem à França e à Espanha, dois países europeus com grande quantidade de doentes.

Nesta quarta-feira (11), Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), expediram atos administrativos que impõem restrição ao acesso de pessoas ao Congresso.

Uma das medidas previstas no ato da Câmara é o afastamento durante 14 dias (período de incubação do vírus) de parlamentares ou servidores que viajaram para países com casos confirmados da doença.

[Por: R. Amaral | Fonte: G1 | 12/03/2020]