Covid-19: Agentes da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) fazem buscas e apreensões em sete estados brasileiros e no Distrito Federal.
Na manhã desta quinta-feira (2), em uma ação que investiga corrupção na compra de kits de testes para diagnóstico da Covid-19.
No Brasil, mais de 60 mil pessoas já morreram por causa do Covid-19.
A Operação Falso Negativo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).
Apuram os crimes de fraude a licitação, contra a ordem econômica, organização criminosa e corrupção ativa e passiva na aquisição dos kits. O valor das compras com dispensa de licitação supera os R$ 73 milhões.
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF declarou que “todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal”.
O órgão também afirmou que os servidores investigados “são profissionais que contam com toda confiança da instituição.
E farão suas defesas e continuarão exercendo suas funções, porque não há nada que desabone suas condutas, até o momento”.
Na operação de hoje, ao todo, são 81 os alvos dos mandados, igualmente entre servidores públicos e empresários envolvidos na compra desses produtos, além de sócios e farmácias.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 02/07/2020
Estudo da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) aponta que 54,5% da população brasileira, o que representa 86 milhões de pessoas, fazem parte do grupo de risco, ou seja, apresentam um ou mais fatores que as colocam em condições mais suscetíveis a complicações em caso de contaminação pelo vírus causador da Covid-19.
“Quando a ideia de isolamento vertical [quando grupos de risco são isolados] e a flexibilização da quarentena começou a ser discutida, me surgiu a pergunta: mas o que é grupo de risco? Quem e quantas são as pessoas que pertencem a ele?”, contou o professor da EPM/UNIFESP Leandro Rezende à CNN.
A pergunta motivou Rezende a coordenar o estudo que chegou a este resultado. Em um primeiro momento, foram considerados como fatores de risco a idade superior ou igual a 65 anos, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias, hipertensão, câncer ou AVC. Neste caso, o número de brasileiros que se enquadram no grupo de risco é de 34%, portanto, 53 milhões de pessoas. O número aumenta ao serem analisados os fatores apresentados por estudos mais recentes, conduzidos na Europa e nos Estados Unidos, como obesidade, tabagismo e doença renal crônica, chegando aos 54,5% da população no Brasil.
“Isso é bastante preocupante, mas pertencer a um grupo de risco é apenas um dos fatores que influenciam na taxa de letalidade. Existem outros que influenciam, como: quando foram tomadas as medidas de distanciamento social, a estrutura do sistema de saúde disponível para atendimento etc. O Amazonas, por exemplo, aparece no ranking dos estados com menor proporção de adultos em grupo de risco, no entanto, apresenta taxa de mortalidade por Covid-19 alta”, explica Rezende.
Na análise por estado, São Paulo está entre os estados com a maior proporção de adultos que apresentam um ou mais fatores considerados de risco, junto com Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Já os estados com menor proporção são Amapá, Roraima e Amazonas.
Outras análises do estudo
A pesquisa analisou a proporção em dois grupos etários diferentes. Em adultos com menos de 65 anos, 47% são grupo de risco; já em idosos acima dos 65, eles representam 51%. Ou seja, as porcentagens são altas em ambos os grupos.
O estudo também mostrou que os brasileiros com maior escolaridade são duas vezes menos suscetíveis a complicações pelo novo coronavírus. Apenas 27% dos adultos com superior completo são grupo de risco, contra os 66% que nem chegaram a completar o ensino primário.
Leandro Rezende explica que a escolaridade é uma variável utilizada em estudos populacionais para caracterizar o nível socioeconômico, mas ela é apenas um dos determinantes sociais. “Existem outros, como renda, local de moradia, informação em saúde etc.”
Base da pesquisa
O estudo levou em consideração a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), pesquisa domiciliar realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013. Rezende ressalta que essa é a pesquisa mais recente disponível e a que abrange a maior parte dos critérios considerados no estudo de identificação da população de grupo de risco. “Para vermos como é necessário o investimento na área de pesquisa e de ciências, porque para analisar um problema de 2020, usamos uma pesquisa de 2013”, comenta.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 14/05/2020
O Brasil realizou até o momento 482.743 testes moleculares para o coronavírus, o que representa 2% dos 24 milhões de exames prometidos pelo governo para enfrentar a pandemia de Covid-19, e mais de 145 mil destes aguardam a análise por laboratórios ou a divulgação dos resultados.
A capacidade limitada de testagem, em especial nos primeiros dias do coronavírus no país, tem sido apontada por especialistas como um dos motivos — junto com a baixa adesão ao isolamento social — para a recente aceleração da doença, que chegou nesta terça-feira a 177.589 confirmações, com 12.400 óbitos.
O Brasil é agora o sétimo país com maior número de casos confirmados, após superar a Alemanha, ficando atrás de Estados Unidos, Espanha, Rússia, Reino Unido, Itália e França.
O Ministério da Saúde anunciou na semana passada um plano para ampliar a testagem no país, passando de 2,7 mil exames moleculares processados diários para um pico de 70 mil no auge, com um aumento escalonado. A meta é realizar 24 milhões de testes moleculares até o fim do ano, além de 22 milhões de testes rápidos, totalizando 46 milhões de exames.
Os laboratórios certificados da Alemanha, por exemplo, a testaram mais de 330 mil amostras apenas na semana passada e têm capacidade de testar cerca de 838 mil por semana.
Dos 482.743 exames moleculares feitos no Brasil até o momento, 337.595 foram processados pelos laboratórios centrais até 11 de maio e tiveram resultados divulgados, 95.144 aguardam a análise e outros 50.004 esperam recebimento nos laboratórios.
Em comparação, até 22 de abril eram 181 mil testes processados e com resultados divulgados.
“O que a gente pode olhar desses números é que o quantitativo de exames que estão processados, foi feito um esforço muito grande por parte dos laboratórios centrais do Brasil e foi possível atualizar boa parte dos casos e dos óbitos que estavam pendentes”, disse o secretário substituto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
“Ainda existe um quantitativo grande, mas os laboratórios estão conseguindo dar conta, considerando todo o processo que vai desde a coleta até a divulgação do resultado final, que também envolve processo de digitação e entrada dos dados, que também exige muito dos laboratórios”, acrescentou
Além dos laboratórios oficiais, o Brasil tinha cerca de 100 mil exames de laboratórios particulares ainda não incluídos no sistema do Ministério da Saúde até semana passada, o que aponta para um número ainda maior de casos de Covid-19.
Questionado, o secretário não informou nesta terça-feira o tamanho da base de dados de testes da rede privada que precisa ser incluída no sistema oficial, mas disse que o governo trabalha em uma portaria para regulamentar essa inclusão.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 13/05/2020
O Brasil registrou nesta terça-feira (12) o maior número de mortes confirmadas por Covid-19 para um único dia. São 881 novas mortes, elevando o total das vítimas fatais no país para 12.400, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde.
As mortes se referem aos casos registrados ao longo do último dia pelas secretarias estaduais de Saúde, independentemente da data em que tenham ocorrido. De acordo com a pasta, são 9.258 novos casos confirmados, o que elevou o total no país para 177.589 casos.
Destes, segundo o Ministério da Saúde, 72.597 pessoas já se recuperaram da doença no país. Outros 92.593 casos estão em acompanhamento. De acordo com a pasta, outros 2.050 mortes seguem em investigação.
O Brasil agora é o sétimo país com mais casos do novo coronavírus, de acordo com os novos números divulgados pelo Ministério da Saúde na noite desta terça-feira (12). De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Brasil agora tem mais casos confirmados que a Alemanha (173.042).
O estado com o maior número de casos é São Paulo, que tem 47.719 casos confirmados e 3.949 mortes por Covid-19. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (18.486 casos e 1.928 mortes), Ceará (18.412 casos e 1.280 mortes), Pernambuco (14.309 casos e 1.157 mortes) e Amazonas (14.168 casos e 1.098 mortes).
Metodologia
Os números divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde refletem os casos registrados entre os boletins pelas secretarias estaduais de Saúde, independentemente da data em que tenham ocorrido. Oscilações nos números também são influenciadas por outros dois fatores: a capacidade de testagem e a própria rotina de trabalho das secretarias.
De acordo com o ministério, os números podem ser influenciados pela resolução concentrada de diagnósticos e por feriados e finais de semana, que afetam a equipe disponível para que as secretarias processem as informações.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 13/05/2020
Os testes da vacina, que já começaram na Alemanha, podem iniciar nos EUA na próxima semana, se as autoridades reguladoras permitirem, afirmou o CEO da companhia, Albert Bourla, em uma entrevista. Segundo o empresário, os resultados do estudo podem estar disponíveis em maio.
Segundo a Pfizer, se os testes de segurança forem bem-sucedidos, a distribuição da vacina para uso emergencial poderia começar a partir de setembro e a autorização para uso geral, no final de 2020.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 28/04/2020
O Brasil passou nesta terça-feira (28) a registrar mais mortes decorrentes da COVID-19 do que a China, que foi o epicentro do novo coronavírus.
Segundo o Ministério da Saúde, 474 novas mortes foram confirmadas nas últimas 24 horas, totalizando 5.017 no país. É a maior elevação diária do número de mortes para um único dia, lembrando que esse número diz respeito aos óbitos que foram confirmados no período, independentemente da data em que tenham ocorrido.
De acordo com os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a China registra 4.643 mortes decorrentes da COVID-19. De acordo com a atualização divulgada pelo governo federal, o número de casos no Brasil cresceu 8,1%, chegando a 71.886 (acréscimo de 5.385 casos). Na China, são 84.347 casos.
O Brasil vive um problema crônico de falta de testes. Algumas das mortes que receberam confirmação somente agora se referem a óbitos ocorridos no final de março.
Dada a velocidade com que novas mortes são registradas, o Brasil tende a ampliar essa diferença com a China daqui pra frente, mesmo que o país asiático faça mais revisões pra cima do seu número de mortos. O Brasil caminha para ser o 4º epicentro da COVID-19.
A China conseguiu interromper o avanço da epidemia utilizando medidas duras, com isolamento social radical e bloqueio de cidades. Mas isso não eliminou o vírus. Ela ainda possui 898 casos ativos e teme uma segunda onda da doença em seu território, já que sua população permanece suscetível.
Os chineses foram os primeiros a serem afetados pela pandemia causada pelo Sars-Cov-2, um novo tipo de coronavírus, que foi relatado a primeira vez na cidade de Wuhan, na região central do país, a partir de um mercado de animais silvestres. Desde então, o vírus tem se espalhado pelo mundo, desafiando os sistema de saúde, a ciência, os líderes mundiais e a economia global.
Panorama
Segundo o Ministério da Saúde, dos 71,8 mil diagnosticados com COVID-19 no Brasil, 5.017 morreram, o que corresponde a 7% dos casos conhecidos. O número de mortes ainda pode ser maior, considerando 1.156 óbitos ainda sem causa conhecida e suspeitos de relação com o novo coronavírus.
Dos demais, 32.544 são considerados recuperados e outros 34.325 seguem em acompanhamento.
Estados
No Brasil, segundo os números do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo é aquele que concentra o maior número de casos, com 24.041 registros da doença e 2.049 mortes. Na sequência, em números totais, há 8.504 casos confirmados e 738 mortes no Rio de Janeiro. O Ceará registra 6,9 mil casos e 403 mortes, Pernambuco registra 5,7 mil casos e 508 mortes e o Amazonas registra 4,3 mil casos e 351 mortes.
Proporcionalmente, a maior incidência média está nos estados do Amapá e do Amazonas, que possuem, respectivamente, 1.085 e 1.046 casos a cada um milhão de habitantes. Ceará (758/milhão), Roraima (702/milhão), Pernambuco (599/milhão) e São Paulo (524/milhão) são os demais quatro estados com 500 casos ou mais a cada 1 milhão de habitantes.

O mundo inteiro espera ansioso por uma vacina eficaz contra o novo coronavírus, mas ela não deve aparecer tão cedo.
Segundo o especialista Pasi Penttinen, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC, em inglês), a substância não deve ficar pronta antes do fim de 2021, “no mais otimista dos cenários”.
“Desenvolver uma vacina é um processo extremamente complicado e caro”, disse ele à emissora Sky News, acrescentando que há diversas fases de testes em humanos envolvidas para garantir que ela seja segura e eficaz.
“Mais do que isso, neste tipo de situação é preciso garantir a capacidade de produção, que seja suficiente para o mundo todo”, afirmou Penttinen, diretor do Programa de Influenza e outras Viroses Respiratórias do ECDC.
“O prazo de um ano e meio a dois anos para fazer isso é nada menos que um milagre”, disse ele.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 28/04/2020
A Bahia ultrapassou a marca dos mil casos de coronavírus. A informação é do boletim mais recente da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), divulgado no começo da tarde hoje (17).
De acordo com o balanço, são 1059 pacientes diagnosticados com coronavírus em território baiano. Além disso, o estado registrou 36 mortes, sendo 18 em Salvador e a mais recente em Juazeiro.
Por: R. Amaral | Fonte: Metro1 | 17/04/2020
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais investiga suspeita de coronavírus em Belo Horizonte. Trata-se de uma mulher de 35 anos que veio de Xangai, na China. Os exames capazes de confirmar ou descartar a hipótese diagnóstica estão em andamento.
Subiu para 17 o número de mortes provocadas pelo coronavírus que já infectou 444 pessoas na província de Hubei, na China, de acordo com balanço divulgado pela TV estatal, citando autoridades locais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne hoje em Genebra, na Suíça, e pode decretar “emergência de saúde pública de interesse internacional”.
[Por: R. Amaral | Fonte: Metro1 | 22/01/2020]