O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (30) em Brasília o decreto que prorroga em mais duas parcelas o auxílio emergencial, em outras palavras, o auxílio de R$ 600 a necessitados e trabalhadores informais.
No evento, o presidente afirmou que espera que a atividade econômica esteja retomada quando terminar o prazo de validade do auxílio.
Ainda mais, “Nós esperamos que ao final [do novo prazo, de dois meses] a economia já esteja reagindo, para que nós voltemos à normalidade o mais rapidamente possível”, disse Bolsonaro.
Mais cedo nesta terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes já havia confirmado que o governo estenderia o auxílio emergencial por meio de duas parcelas de R$ 600.
Enfim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o Brasil volte ao “trilho” em 2021, com foco na cartilha liberal e de redução dos gastos públicos.
“Esse ano foi um ano de despesas extraordinárias. Os mercados entendem que acontece algo extraordinário e você precisa fazer medidas extraordinárias. Nós não saímos do nosso trilho, no meio da fumaça, mas temos a bússola na mão e vamos voltar pro nosso rumo”, disse.
Em vários momentos da cerimônia, integrantes do governo enfatizaram terem descoberto dezenas de milhões de “invisíveis”. Guedes afirmou que a situação fiscal do Brasil ficou pressionada por pagar “três vezes mais para três vezes mais pessoas” do que o planejado inicialmente.
Proposta Inicial
A proposta original do governo previa que o auxílio contemplasse algo em torno de 20 milhões de pessoas, como resultado, uma parcela de R$ 200.
O Congresso aumentou para R$ 500 e Bolsonaro, ao sancionar, colocou o patamar em R$ 600. Segundo os números do governo, cerca de 65 milhões de pessoas estão habilitadas para receber o auxílio emergencial.
Sendo dos 65 milhões, em suma, 3 milhões recebem cerca de R$ 1200, por serem mães chefes de familía.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 30/06/2020
O mercado observa com cautela os imbróglios políticos em Brasília. Além da péssima relação entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores dos estados, a disputa de narrativas entre o chefe do executivo e o ex-ministro Sergio Moro também eleva a temperatura (e o risco) do país.
Com isso, na manhã desta sexta-feira (15), o dólar avançava ante o real. Às 9h14, a moeda americana ganhava 0,66% frente ao dinheiro brasileiro, a R$ 5,8506. Na última sessão, o câmbio se aproximou dos R$ 6, mas duas intervenções do BC acalmaram o ambiente.
Na sequência do dia, investidores devem reagir ao resultado da PNAD Contínua, que mostra os índices de desemprego no país em março. A pesquisa constatou que a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2020 aumentou em 12 estados brasileiros e se manteve estável nos demais pesquisados, na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
Lá fora, temores sobre uma retomada da guerra comercial entre Estados Unidos e China também podem influenciar o apetite por risco do mercado internacional.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 15/05/2020
O dólar fechou em firme queda de mais de 1% nesta quinta-feira (14), em sessão marcada pela volatilidade e pela aproximação da moeda dos R$ 6 reais de manhã. No fim da dessão, terminou em queda de 1,37%, a R$ 5,8202 na venda, após duas intervenções do Banco Central (BC).
Ao longo da sessão, oscilou entre máxima recorde intradia de R$ 5,9725 (+1,21%), alcançada perto de 11h, e mínima de R$ 5,8097 (-1,55%), já no fim da sessão.
Para conter a alta do começo da sessão, o BC anunciou duas operações no mercado: às 11h15 comunicou leilão de até US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial (vendeu US$ 890 milhões) e às 15h58 informou leilão de venda de dólar à vista, no qual colocou US$ 520 milhões. No total, a autoridade monetária vendeu US$ 1,410 bilhão, acima dos US$ 880 milhões da véspera.
Wall Street se recuperou ao longo da tarde e fechou em alta, após queda mais cedo. No Brasil, também respaldou o alívio no câmbio encontro entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Em coletiva, Maia defendeu que seja retomado o diálogo entre os Poderes e em todas as esferas da administração na busca de uma solução para a crise do coronavírus.
Analistas, contudo, seguem céticos quanto a uma melhora significativa no mercado. “Você não tem referência de preço hoje. Antes se falava de R$ 4, de R$ 4,20, de R$ 4,50, de R$ 5. Agora, não há a que (cotação) se apegar”, disse Roberto Serra, gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos.
Ele chama atenção para o menor volume de negócios do mercado primário –por onde passa dinheiro “novo”. Nas oito primeiras sessão de maio, a média diária de negociação está em US$ 865,5 milhões, 20% abaixo do mesmo período do ano passado. “O fluxo está menor, então qualquer movimentação acaba fazendo preço”, disse.
O real deprecia 31,05% neste ano, pior desempenho entre seus principais rivais, enquanto outros ativos brasileiros também sofrem diante do aumento da desconfiança de investidores estrangeiros com a situação econômica, política, fiscal e de saúde do país.
No Twitter, o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, disse que há algo no mercado que “desgosta intensamente do Brasil”, citando a saída recorde de investimentos em carteira do país.
“As saídas (de capital) do Brasil em março foram um evento com desvio padrão de -6,0, ou seja, completamente além de qualquer coisa já vista antes”, disse Brooks, comparando o fluxo negativo do Brasil com o de outros mercados emergentes.
Segundo os últimos dados disponilizados pelo BC, a saída de investimentos em carteira alcançou US$ 22,068 bilhões em março, um recorde — somando ações e renda fixa negociadas no mercado doméstico.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 14/05/2020
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (14), na saída do Palácio da Alvorada, que as medidas restritivas impostas por diversos estados para controlar o avanço do novo coronavírus pioram a crise no país. Ele afirmou que “vai faltar dinheiro para pagar servidor público”.
“Ainda tem servidor achando que há possibilidade de ter aumento nesse ano ou ano que vem. Não tem cabimento. O Brasil está quebrando”, declarou o presidente em entrevista coletiva, acrescentando que a economia não se recuperará depois.
“O Brasil está se tornando um país de pobres”, disse ele. “Para onde está indo o Brasil? Vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui.”
Ele afirmou que a determinação de lockdown (bloqueio total das atividades) não é ideal para lidar com a crise causada pela pandemia. “Esse é o caminho do fracasso, quebrar o Brasil.” Bolsonaro disse ainda que certos governadores e prefeitos que impuseram essas medidas deveriam pedir desculpas.
“Os informais, que são 38 milhões, já perderam quase tudo. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), os informais da América Latina perderam 80% do poder aquisitivo”, declarou.
Ele comparou a situação do Brasil com a de países da África subsaariana. “Temos que ter coragem de enfrentar o vírus. Tá morrendo gente? Tá. Lamento? Lamento. Mas vai morrer muito mais se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas.”
Bolsonaro afirmou que nas periferias de São Paulo e Rio de Janeiro as atividades seguem em funcionamento. “Tem que reabrir. Nós vamos morrer de fome. A fome mata. É um apelo que faço aos governadores: revejam essa política.”
Pagamento prorrogado
Dirigindo-se aos jornalistas presentes, ele comentou que ligou para Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, nesta manhã e este informou que aumentará para quatro meses o tempo que os clientes poderão atrasar o pagamento de imóveis.
“2,3 milhões de clientes da Caixa Econômica que pagam casa própria pediram para pausar o crédito. Como regra, a Caixa permitia o atraso até dois meses. Resolveu prorrogar por mais um mês, para três meses”, disse Bolsonaro. “Conversei com ele [Pedro Guimarães] agora e ele disse que vai aumentar para quatro meses.”
Segundo o presidente, não adianta apenas prorrogar, pois quem perdeu o emprego e teve redução de salário não consegue pagar a prestação. “O que está sobrando de dinheiro tá sendo para comida”, disse ele.
Ao ser questionado sobre uma declaração recente do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro se irritou. “Esquece o Mandetta. Ele é carta fora do baralho”, disse ele, encerrando a coletiva e deixando o local.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 14/05/2020
Acompanhando uma das maiores quedas já vistas nos preços internacionais do petróleo, o preço da gasolina no Brasil chegou a cair mais de 50% nas refinarias do início do ano até maio. A maior parte desse desconto, entretanto, não chegou ao consumidor: ele ficou represado nos postos de gasolina, e principalmente, nas distribuidoras, que são as intermediárias que compram os combustíveis fabricados nas refinarias e os revendem para os milhares de postos de gasolina do país.
É o que mostram dados de mercado compilados pelo CNN Business. O preço do litro da gasolina vendido nas refinarias da Petrobras caiu 52% entre 1º de janeiro e 1º de maio – ele saiu de uma média de R$ 1,93 por litro para R$ 0,93 neste período, de acordo com cálculos feito pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única). A Petrobras concentra 90% da produção de combustíveis no país.
Isso significa que o litro da gasolina saiu das refinarias e chegou às distribuidoras, em média, R$ 1 mais barato no começo de maio do que custava no começo de janeiro. No mesmo intervalo, entretanto, ela saiu das distribuidoras para os postos apenas R$ 0,46 mais barato. Nos postos, por fim, o preço médio da gasolina caiu R$ 0,40 entre janeiro e maio.
Os consumidores pagavam, na primeira semana do ano, R$ 4,33 pelo litro da gasolina na bomba, o que havia caído para R$ 3,93 no início de maio. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que verifica e divulga semanalmente a média de preço dos combustíveis em mais de 5 mil postos do país.
Percentualmente, a gasolina ficou 52% mais barata na refinaria, 11,9% mais barata nas distribuidoras e 9,2% nos postos. Como o valor final que chega à bomba é naturalmente maior do que o da refinaria, porque embutem custos adicionais como impostos, frete e salários, é normal que as variações percentuais fiquem menores para um desconto do mesmo tamanho, em centavos.
Por isso, uma outra maneira de medir a diferença é comparando as variações em valores absolutos: em dinheiro, o tamanho do desconto deveria ser sempre exatamente o mesmo desde a refinaria até o posto de gasolina, caso não haja nenhum aumento de custo ou represamento no meio do caminho.
Estoques parados e custo médio maior
Uma das razões apontadas pelo setor para a diferença entre os reajustes dentro e fora da refinaria está nos estoques. “Para efetuar os repasses de alterações de preços de seu fornecedor monopolista, a Petrobras, existe um intervalo de tempo até que os estoques com custos antigos sejam repassados aos seus clientes”, disse, por nota, a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom), que representa as distribuidoras regionais.
Os estoques, de acordo com as entidades, podem durar de duas a três semanas para serem renovados, o que faz com que a gasolina mais barata da refinaria leve mais ou menos este tempo hábil até efetivamente chegar ao tanque do consumidor, na ponta final da cadeia.
O intervalo verificado pelo CNN Business, de quatro meses, é maior do que isto. “É difícil o estoque não ter sido totalmente renovado ao menos uma vez nesse período”, disse o analista de energia da Tendências Consultoria, Walter de Vitto, “mas isso pode ter ficado mais exacerbado neste momento, porque a demanda caiu muito e os estoques duram mais”.
A própria redução acentuada da demanda é um fator que, de acordo com os distribuidores e revendedores, está pressionando os custos e impedindo reduções maiores. A lógica é que, com vendas substancialmente menores, custos fixos, como aluguéis ou salários, passam a ter um peso maior quando diluídos entre cada litro vendido.
“A redução brusca das vendas nos postos de serviços a partir da pandemia da Covid-19 resultou em pedidos fracionados e em menor volume, elevando o custo unitário do produto”, afirmou o Instituto Brasileiro de Petróleo Gás e Biocombustíveis (IBP), que reúne as distribuidoras do país.
Imposto defasado
Paulo Soares, presidente da Fecombustíveis, federação das redes de postos de gasolina, destaca o papel dos impostos, que são acrescidos sobre o preço da porta da refinaria para fora e que chegam a mais de 40% do preço final da gasolina. O mais pesado deles – o ICMS – varia de 25% a 34%, de acordo com o estado, só que os governos estaduais estariam ainda cobrando o ICMS sobre valores antigos dos combustíveis, anteriores às reduções mais recentes.
“Os governos fazem uma conta do valor médio do combustível no estado e a tributação [do ICMS] é feita sobre essa média”, disse Soares. “Só que eles estão fazendo a revisão desse valor médio de maneira bem mais lenta do que as reduções vêm ocorrendo”.
27% de etanol
Outro fator que diferencia os preços praticados está no fato de que a gasolina que sai da refinaria é pura, mas a que chega ao consumidor deve por lei ter uma diluição de 27% de etanol. Essa mistura é feita nas distribuidoras.
“Pouco mais de um quarto da gasolina que chega à bomba é etanol”, diz Vitto, da Tendências. “Se o preço dele cai menos do que o da gasolina, isso já atrapalha a queda do valor final.”
O valor do litro do etanol anidro (usado na diluição) caiu 31% entre a primeira semana de janeiro e a primeira de maio, de acordo com dados acompanhados pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). É menos do que os 52% da gasolina, mas mais do que os 11% e os 9% das distribuidoras e postos.
Na última quarta-feira (6), a Petrobras anunciou um aumento de 12% na gasolina de suas refinarias, que passou a vigorar na quinta-feira, 7. Foi o primeiro aumento depois de quatro meses praticamente ininterruptos de cortes, o que elevou o preço médio por litro para R$ 1,033 e reduziu a queda acumulada no ano de 52% para 46%. Essa última variação, entretanto, não foi incluída na conta, que considerou o período fechado de 1 de janeiro a 1 de maio.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 13/05/2020
O governador da Bahia, Rui Costa, anunciou hoje (3) que irá ampliar o número de pessoas que terão a conta de energia paga pelo Governo do Estado durante os próximos 90 dias. Segundo Rui, 3,5 milhões de baianos, que tenham consumo de até 100 kilowatt (kW) por mês e estejam cadastrados no CadÚnico, serão beneficiados. Antes, o benefício contemplava famílias com consumo de até 80 kilowatt (kW).
A ampliação do benefício ocorre após a definição da Assembleia Legislativa da Bahia para que as emendas dos deputados sejam utilizadas no combate à pandemia do novo coronavírus.
“Hoje com a doação das emendas individuais dos deputados, conseguimos ampliar a faixa de consumo. Agradeço ao presidente Nelson Leal e a todos os deputados. Com isso, 3,5 milhões de baianos serão beneficiados pela medida”, completou.
Por: R. Amaral | Fonte: Metro1 | 03/04/2020

Coronavoucher
O Congresso concluiu nesta semana a aprovação de um projeto que determina o pagamento de R$ 600 mensais a trabalhadores informais, como uma forma de mitigar os danos econômicos da pandemia de coronavírus. No entanto, o governo entende que é preciso a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para viabilizar o pagamento; parlamentares e especialistas discordam.
Na argumentação do governo, a PEC deveria alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impõe limites para os gastos públicos. Com a alteração, na visão do governo, o caminho fica liberado para o aumento de gastos, como aqueles voltados para amenizar a crise.
PECs precisam de mais votos para ser aprovadas e têm tramitação mais complexa no Congresso do que projetos de lei e medidas provisórias, por exemplo.
Nesta terça (31), o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que falta concluir o trâmite “jurídico e político” para viabilizar os pagamentos.
“Tem um problema técnico de liberação de fontes, e aí está se discutindo a velocidade com que se pode aprovar uma PEC para dar origem a fontes para essas despesas. De qualquer forma, do nosso ponto de vista técnico está tudo pronto, tudo o já provado na economia, e agora é um trâmite jurídico e político”, disse o ministro.
“Qual o nosso problema hoje? É a LRF, pedalada fiscal, impeachment, esse tipo de coisa. Tem que ter cláusula qualquer que, em caso de calamidade, suspende e nos permite agir rapidamente”, concluiu.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discordou do ministro. Em resposta a Guedes, ele lembrou que, quando foi reconhecida a calamidade pública em razão do coronavírus, o governo já havia acionado o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade de gastos extras. E o ministro Alexandre de Moraes entendeu que os gastos, no estado de calamidade, não ferem a lei.
“O encaminhamento desse pleito ao ministro Alexandre de Moraes, onde ele garantiu por liminar a suspensão, o afastamento desses artigos da LRF e da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], garantem ao governo, pelas próprias palavras do governo, garantem a possibilidade, a certeza, da edição de uma MP [medida provisória] de crédito para pagar os R$ 600 que foram aprovados na Câmara e no Senado, e aguardam, todos nós aguardamos, os brasileiros, ansiosamente, a sanção do presidente da República”, disse Maia.
O presidente Jair Bolsonaro disse que vai sancionar o projeto ainda nesta quarta. Os pagamentos, segundo o governo, devem começar a ser feitos na segunda semana de abril.

“Se Rodrigo Maia votar uma PEC emergencial, dinheiro sai em 48 horas”, diz Guedes
O que dizem os especialistas
O economista e professor do IDP José Roberto Afonso, um dos idealizadores da LRF, também entende que o governo não precisa de PEC para começar a efetuar os pagamentos.
“Não falta o recurso, o recurso tem que sair da dívida pública. Não falta autorização, o Congresso já aprovou calamidade pública em todo território nacional. Eu acho que não falta boa disposição de governadores, prefeitos, que inclusive estão fazendo o que o governo federal devia estar fazendo”, afirmou.
“O Congresso aprovou tudo que foi pedido ao Congresso. O Supremo aprovou tudo que foi pedido a ele. O que não pode é a cada momento ficar querendo aparecer novas dúvidas, novas questões e isso justificar você não agir”, completou.
Para Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, entidade ligada ao Senado, o pagamento pode ser viabilizado por medida provisória. Por isso, segundo ele, cabe ao governo tomar a iniciativa.
“O pagamento do auxílio de R$ 600, ele independe de aprovação de PEC. Ele pode ser viabilizado de imediato a partir de uma edição de uma MP, um ato do Poder Executivo, então a bola está na mão do presidente da República, para que esse gasto seja feito o mais rápido possível”, afirmou.
Por: R. Amaral | Fonte: G1 | 01/04/2020

Bancadas do Senado
O Senado Federal analisa nesta quarta-feira (1º) o Projeto de Lei 873, que amplia o benefício emergencial de R$ 600, durante três meses, para cerca de 20 categorias de trabalhadores — além de informais e intermitentes, que já foram contemplados na proposta aprovada na última segunda-feira e que ainda aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), disse à CNN que o governo ainda não tinha uma estimativa do impacto fiscal dessa ampliação. Isso porque os técnicos do ministério da Economia estariam cruzando informações para saber se alguma categoria contemplada no relatório do senador Esperidião Amim (PP-SC) já foi beneficiada por outra medida anunciada para não acumular dois benefícios.
- Na lista dos que poderão receber a ajuda estão “os pescadores profissionais artesanais e os aquicultores, os agricultores familiares registrados no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF); os técnicos agrícolas; os cooperados ou associados em cooperativa ou associação de catadores e catadoras de materiais recicláveis; os taxistas e os mototaxistas; os motoristas de aplicativo; os motoristas de transporte escolar; os caminhoneiros; os agentes de turismo e os guias de turismo; os trabalhadores das artes e da cultura, entre eles, os autores e artistas, de qualquer área, setor ou linguagem artística, incluindo intérpretes e executantes, e os técnicos em espetáculos de diversões; os garimpeiros, definidos como aqueles que, individualmente ou em forma associativa, atuem diretamente no processo da extração de substâncias minerais garimpáveis; os ministros de culto, missionários, teólogos e profissionais assemelhados; os profissionais autônomos da educação física; e os sócios de pessoas jurídicas inativas, dispensada a apresentação da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS)”.
Manutenção de empregos
O relator do projeto incluiu ainda em seu texto um artigo que trata da manutenção de empregos com contrapartida do governo. “Fica instituído o Programa de Auxílio Emprego, autorizando o Poder Executivo a firmar acordos com pessoa jurídica ou física empregadora […] para auxiliar no pagamento dos trabalhadores formais em ate´ três salários mínimos por trabalhador, mediante a condição de não demissão pelo período de 12 (doze) meses após o fim do auxílio”, diz a proposta.
Em declaração no início da tarde desta quarta-feira, Bolsonaro afirmou que vai editar uma medida provisória trabalhista para manutenção de empregos que deve estabelecer as regras para suspensão de contratos e redução de salários durante a emergência mundial da pandemia do novo coronavírus.
Fies
O parecer de Amin permite também a suspensão de parcelas do Fundo de Financiamento ao Estudante da Educação Superior (Fies), para os contratos adimplentes ou que estivessem inadimplentes, no máximo 60 dias antes de 20 de março de 2020. Os contratos em fase de amortização, ou seja, de quem já se formou, podem ser suspensos por quatro meses. Para os que questão em estágio de utilização, a carência será de duas parcelas.
Por: R. Amaral | Fonte: CNN | 01/04/2020
Líderes das maiores economias do mundo se encontram de forma virtual nesta quinta-feira (26) para coordenar as respostas ao crescimento das incidências de Covid-19.
Eles afirmaram, em uma declaração, que farão o que for preciso para superar a pandemia do Covid-19 e garantir empregos, empregos e renda e para buscar os recursos para isso.
Eles afirmaram que, em conjunto, deve haver uma injeção de US$ 5 trilhões (cerca de R$ 25 trilhões) na economia global.
A resposta à pandemia precisa ser transparente, robusta, de grande escala e coordenada, segundo a declaração.
Eles se propuseram a compartilhar dados epidemiológicos e de saúde, reforçar os sistemas públicos de saúde e aumentar a capacidade de produção de materiais médicos.
Também disseram que vão aumentar o financiamento para pesquisa que encontre uma vacina e fortaleça a cooperação científica internacional. Eles pediram à Organização Mundial da Saúde (OMS) para fazer uma avaliação das lacunas na preparação para pandemias nos próximos meses.
O encontro das nações do G20 foi coordenado pelo rei Salman, da Arábia Saudita. O reino preside o grupo neste ano.
FMI no encontro
O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu aos líderes do G20 para que apoiem um reforço à capacidade de financiamento da instituição. O propósito é reforçar a resposta à pandemia, que deve causar uma recessão global em 2020.
A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, disse que a profundidade da contração e a rapidez da recuperação depende na contenção da pandemia, e na força e coordenação das políticas monetárias e fiscais.
Ela disse que é preciso apoiar os países pobres, que serão particularmente atingidos pela crise.
Presidência árabe
A reunião do Grupo das 20 nações foi presidida pelo rei Salman da Arábia Saudita. O reino preside o grupo neste ano.
O rei saudita abriu a reunião falando sobre comércio. Ele pediu uma resposta “eficaz e coordenada” à pandemia e disse que é preciso enviar um sinal de confiança, o que significa retomar o fluxo normal de bens e serviços assim que possível.
Xi Jinping, da China, fez um pedido para diminuir as taxas aduaneiras para atingir esse propósito.
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Clientes de uma farmácia aguardam em uma fila com locais marcados no chão, em 26 de março de 2020 — Foto: Sam Panthaky / AFP
Salman disse que a responsabilidade dos países mais desenvolvidos é ajudar os mais pobres para superar a crise.
Convocação para coordenar ações
A reunião extraordinária foi convocada para que os esforços globais para combater a pandemia e suas implicações econômicas sejam coordenados.
Os EUA já pediram à Arábia Saudita que repensasse sua estratégia. Em uma ligação esta semana com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, enfatizou que a Arábia Saudita, como líder do G20 e importante líder de energia, “tem uma oportunidade real de se aproximar da ocasião e tranquilizar a energia global e mercados financeiros” neste momento de incerteza econômica.
O número global de mortos pelo novo coronavírus ultrapassou os 21 mil, e os infectados são mais de 472 mil, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Esta semana houve discussões entre ministros das Relações Exteriores do Grupo das 7 principais democracias industrializadas sobre a possibilidade de classificar a China como a fonte do coronavírus. Os ministros não concordaram com um esforço dos EUA para identificar o coronavírus como o “vírus Wuhan”, em referência à cidade na China onde ele apareceu pela primeira vez. Como resultado, os ministros das Relações Exteriores optaram por não divulgar uma declaração do grupo.
O presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin estão entre os chefes de Estado que participarão da cúpula. Angela Merkel, das Alemanha, participará de seu apartamento em Berlim, onde está em quarentena depois de um médico que lhe atendeu teve um teste para a Covid-19 positivo.
A cúpula virtual também incluirá líderes da Organização Mundial da Saúde, Nações Unidas, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Internacional do Trabalho e outros.
Representantes da Espanha, Jordânia, Cingapura e Suíça também participarão da convocação, além de presidentes de órgãos regionais como a União Africana, a Associação das Nações do Sudeste Asiático e o Conselho de Cooperação do Golfo.
A Organização Internacional do Trabalho diz que quase 40% da população mundial não tem seguro de saúde ou acesso a serviços nacionais de saúde, e 55% – ou 4 bilhões de pessoas – não se beneficiam de nenhuma forma de proteção social.
A atual crise da saúde deixa claro que não foram feitos progressos suficientes pelos governos para expandir o acesso a serviços de saúde, benefícios de doença e proteção ao desemprego desde a crise financeira de 2008.
O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial emitiram um apelo aos países do G20 antes da reunião de quinta-feira, alertando sobre graves consequências econômicas e sociais para os países em desenvolvimento –onde vive um quarto da população mundial e maioria das pessoas mais pobres.
Os credores pediram a suspensão dos pagamentos da dívida desses países e pediram aos líderes do G20 que encarregassem o Banco Mundial e o FMI de fazer as avaliações necessárias sobre quais países têm situações de dívida insustentáveis e requisitos de financiamento imediato.
Em um comunicado conjunto as duas instituições financeiras afirmaram o seguinte: “É imperativo nesse momento ter um senso global de alívio para países em desenvolvimento assim como um sinal forte para os mercados financeiros”.
Kristalina Georgieva, a diretora do FMI, disse que os credores estão prontos para empregar US$ 1 trilhão (R$ 5,05 trilhões). Cerca de 80 países já pediram ajuda ao FMI.
O governo da Etiópia disse aos ministros das Finanças e chefes do Banco Central do G20, em uma ligação antes da cúpula de quinta-feira, que a África precisa de um pacote de financiamento de emergência de US$ 150 bilhões (R$ 755 bilhões) devido ao impacto do vírus.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu aos líderes do G20 que adotem um plano de guerra, incluindo um pacote de estímulos “na casa dos trilhões de dólares” para empresas, trabalhadores e famílias de países em desenvolvimento que tentam combater a pandemia de coronavírus.
[Por: R. Amaral | Fonte: G1 | 26/03/2020]